Por aí...
Herdei esta vadiagem de quem antes escrevinhava os meus blocos de notas. Pesado encargo, o diabo que o carregue! É andar e andar a esmolar imagens para o adubo de um qualquer caldinho de ideias, vida de pobre.
E nesse modo, partindo pelo mundo, chego à neve. A um mar imaculado com a neblina das sereias. Está frio e a fome abre a boca...
Ao longe a noção do precipício. Da queda fatal. A neve é um oceano onde todas as naus se perdem. Um inferno que não cheira a enxofre - apenas à humidade do granito, com os corpos escorregando, e os gritos ecoando dentro do abismo.
O canto chamativo das sereias e a queda feliz para o fim...