Por aí...
João-Afonso Machado, 03.07.21
Mesmo nas costas do mundo, entre verdes, as intemporais arestas do granito. Como se penduradas nos cedros, em pináculo silencioso a somar o umbricado equilibrio dos séculos. As telhas colados no musgo, elas próprias já viram nascer e morrer muita gente que a cruz da cumeada a todos deitou a sua benção.
E o mutismo prossegue. O arvoredo também, volta e meia visitado por qualquer passarito, por uma brisa. Nada mais. Há ornamentos apenas da alma, não será na velocidade dos olhares que se lhes chega. As heras, como abraços, protegem-nos.