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FUGAS DO MEU TINTEIRO

Imagens e palavras de um mundo onde há menos gente

FUGAS DO MEU TINTEIRO

Imagens e palavras de um mundo onde há menos gente

Por aí...

João-Afonso Machado, 31.12.21

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Não sei explicar onde estou ou se já voltei no roldão das neblinas. Descendo os cumes pelo corrimão da humidade e do frio. Ainda assim não recordo haja nevado no corropio da montanha.

Mas se nevou... então ainda não cheguei, prendem-me lá esparsas passadas brancas de todas as lendas envoltas em pele de urso.

Quiçá para o ano...

 

Pânico na capoeira

João-Afonso Machado, 28.12.21

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Correram bastante os meus vagares de catraio entre o jardim e a capoeira, o espaço de eleição da minha Avó sempre que se achava prescindível na cozinha e no seu fogão a lenha. A mais meiga Senhora campesina (a Avó) que me foi dado conhecer, uma vida de dificuldades e a autora dos melhores pudins e rabanadas do velho Império português de então.

Estava tudo muito ligado e o Luís, felizmente, sabia de roseiras e de cameleiras, porque os cozinhados eram uma responsabilidade que dificilmente a Avó delegava no seu categorizado pelotão de funcionárias, não obstante a tormentosa prévia recruta. Mas isto dos refogados jamais dispensava o comando em chefe e, por isso, sobrava para a octogenária Maria segar as couves e ralar o milho das galinhas, e para mim caçar os caracois e insectos, seus aliados, - os inimigos dos canteiros - e andar de olho nos patos, nas poedeiras, nos perus, nas coelheiras. Vigilantemente, de espada e escudo de madeira, às vezes cavalgando em brados de vitória o desgraçado pavão apanhado pela cauda, outras repelindo os ferozes ataques dos gansos, traiçoeiros como cascaveis.

E comigo sempre uma escolta: dois fox terriers, o Bi (meu, só meu, até no LOP era meu, como o meu Pai o inscreveu) e a Bisca, e a Fara, a caniche da Avó, que a tosquiava assiduamente e com o seu pêlo negro, depois de bem lavado, enchia almofadas. Não podia ser de outro modo, porque o jardim era viveiro de gatos como o jangal dos seus primos igualmente perigosos, os tigres. Isto para não falar nos sardões, nas lagartixas, em quanta mais bicharada tão frequente nessa Antiguidade em que nós, homens, combatíamos em calções e sandálias. Ora, a minha matilha pautava-se pela sanguinolência, pela impiedade, pela avidez do saque. Quando não, sem que o general, aqui, conseguisse suster os seus ímpetos. (- Veja lá menino, olhe que o diacho dos cães dão cabo da galinha e depois a Avózinha diz-lhas - avisava a prudente e sábia Maria, no regresso com o alguidar das couves e do milho...)

É que entrando no casinhoto onde elas se abrigavam, os ovos eram às dúzias diárias. Alguns já arrefecidos na palha do ninho, outros ainda debaixo da que os pôs e refilava muito ameaçadora, nada disposta a erguer-se. E com as patas a mesma coisa, reinava a insubordinação na capoeira. E como repor a minha autoridade, sim, como lhes fazer ver, os meus calções eram, ainda assim, mais do que a tanga espartana? Manifestamente, açulando ordens de massacre ao Bi e à Bisca, à Fara. - Css, css! - Os livros contam o que são as hordas inebriadas pelo sangue... A matança prosseguia, incontrolável e dificilmente explicável à minha Avó.

Enfim o grande cabo de guerra, aqui, valia-se, então, de um ar compungido, do cestinho bem composto de ovos, a espada e o escudo esquecidos atrás da buganvília e os joelhos todos sujos, arranhados, - Oh Avó fartei-me de apanhar caracóis... - boas-novas recebidas na metrópole que era o coração da minha Avó com um sorriso de ternura e uma enorme beijoca neste seu neto, o mais velho e o seu afilhado.

 

Por aí...

João-Afonso Machado, 24.12.21

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Saio hoje quando a cidadezinha, alma minha, já recolheu a casa. Na hora precisa do silêncio em direcção um nada a norte, onde o meu sangue nasceu e ainda verte. Lá no fim da floresta e dos prados, na quietude das torres do granito no tempo. Vou porque não quis ficar, haverá sempre a presença de um Pai e de uma Mãe descendo do Céu agora mesmo. E há crianças, a nossa turbulência trespassada. (As crianças são sempre um espelho do Passado.) Vou, já disse, na esperança de beijos verdadeiros. E de abraços felizes.

Sigo o rumo de uma mensagem na rotunda de tantas vias. Se for certeiro, poderei dizer que em espírito aperto - no tal abraço feliz - esse mundo inteiro.

Porque só me comovem os santos com quem convivi. E a eles, e aos mais, a todos desejo o gozo de um feliz - santo... - Natal!

 

"O vitelo"

João-Afonso Machado, 23.12.21

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Ouvi o adeus de uma voz sem som

como os olhos de um rótulo enganoso

no corpo sem ossos e casca de bom,

 

- bonzinho, repleto de beijos que há de receber

dengoso

 

a mamar na teta lamurienta

já despojada de haver

de uma vaca ferrugenta,

 

senhor e escravo dos seus desejos,

caprichos

 

- estes, outros, sangue, percevejos,

carne, peixe, mais bichos,

uma novilha um dia,

sorri, tenta

mas não a avia

 

e argumenta qualquer fantasia na morte lenta,

de tão torpe vida – o rumo final

o seu mal, fim e fumo, abrevia.

 

Renascimento

João-Afonso Machado, 22.12.21

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É noite fechada e, qual um rato, já dá uma corridinha o dia seguinte, trouxe-o caladamente o solstício do inverno. Vagidos de um recém-nascido dado à luz pela estação dos anciães. Cornucópias do Tempo: nós caminhando para o fim dele, os dias roubando minutos às noites, crescendo no frio, cá fora, é inverno mas já não há hibernação. E assim até à robustez do sol, até a um novo declínio dos dias residente, por norma, no auge da nossa expansividade, no momento dos sonhos maiores.

Embalemo-nos na ilusão... Adormeçamos com a neve no topo dos nossos desejos e a luz que agora cresce, cresce - cresce devagarinho mas cresce - a dilatar o tempo de todos os olhos. Hoje, dia um do inverno, é o primeiro dia de um novo ciclo de nós com o nosso mundo.

Já a mochila se impacienta no armário...

 

À boleia

João-Afonso Machado, 19.12.21

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Ir a Guimarães era aventura de peso! Algo que não se explica, mas a EN206 preguiçava mais do que as vizinhas, e o braço quase se cansava, acima e abaixo, no convencional pedido de uma "carona", termo que a gente lia nos Patos Donald.

Certa vez, depois de muita espera, a máquina luxuosa surgiu de lá e eu estiquei um dedo incrédulo, rotinado como qualquer funcionário público. Espanto dos espantos, o Jaguar MKII parou adiante um pouco. Corri - Para Guimarães... - Sim, entra, anda lá! - E assim obedeci, "andei lá" e entrei.

Já em marcha, dei mais atenção ao condutor e reconheci-o: o senhor mais rico da terra. Muito bem posto num casaco de tweed, camisa aos quadradinhos, a gravata a condizer. (Tudo a bater certo, britanicamente, o cavalheiro e o automóvel, conforme retirei das revistas que lia.) A minha modesta pessoa, calçada numas Levi's, muito puídas e multiplamente remendadas... - ou duas gerações em conflito, assim concluiria hoje, sem pôr na balança os porta-moedas. Mas havia uma explicação para essa trégua de idades - o dito magnata era amigo da minha família, coitada, tão pobrezinha.

Não chegou a estabelecer-se um diálogo, apenas breves trocas de palavras, em que o condutor, sem tirar os olhos da estrada, me inquiriu sobre coisas vagas e maçadoras, vale dizer, principalmente, como iam os estudos, a nossa lavoura. Que iam, necessariamente, mal. Mas sem outros quaisquer comentários do foro doméstico.

Nem por acaso! Assim pude gozar a madeira de nogueira do tablier, tão em contraste com o plástico da Mazda nossa, a parafernália de indicadores - o velocímetro, o conta-rotações, o cronómetro e os restantes, que me eram estranhos. Dentro da cabine, por toda ela, Beethoven - isso consegui distinguir - e uma chauffage au point. Naqueles estofos acomodantes, em genuína pele animal, a viagem, apesar de tudo, pareceu rápida e só por acaso não adormeci antes de entrarmos na cidade, na Av. Conde de Margaride. Por ali me ficaria...

- Muito obrigado! - agradeci ao fechar a porta. - Adeus rapaz, os meus cumprimentos, um abraço, aos teus Pais...

 

O regresso da máquina analógica

João-Afonso Machado, 18.12.21

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Afinal há ainda quem revele fotografias, notícia recebida com o maior júbilo pela minha velha Canon analógica. É tudo muito simples: compra-se o rolo (o filme, como lhe chamam) e vai-se por aí em tiros ao que calhar. Esgotadas as munições, apanha-se o comboio para o Porto, até à estação de S. Bento: sobe-se a Rua Sá da Bandeira e a loja é lá, a seguir ao Bolhão. Depois almoça-se com um amigo, sabem-se as novidades e, levantados da mesa, o CD está pronto e o comboio do regresso prestes a partir.

Só para desempoeirar essa minha desempregada parceira, passeei com ela aqui por perto do meu palácio em propriedade horizontal, a modos de quem vai aos pardais com fisga. Mas sempre acompanhado da minha senhora, a Dona Mécia. E assim nos entretivemos com as ruínas do outro lado da estrada, agora descabeladas, antes de farto silvado a cobri-las, e aos fossilizados restos mortais de um R4 que tanto nos punha a pensar sobre a vida ali vivida.

(As silvas têm quase sempre segredos. Cobras, coelhos, passarada no ninho, o ratito do campo... Sei até de umas que são a jazida de um Morris já sexagenário! Além disso, são os picos que não deixam esquecer, algum dia tudo será menos triste, ou menos abandonado...)

Pois dessas ruínas, tirei a ideia, ali houve fabriqueta. E ou muito me engano, ou não tardam quaisquer quatro ou cinco andares sobre as suas cinzas. A fotografia terá então cumprido exemplarmente o seu múnus de documento histórico. Mesmo fracota como saíu...

Porque esse rolo do seu rejuvenescimento pouco produziu. É necessário retomar conhecimentos antigos e afinar a pontaria -  o resultado do tiro somente será conhecido em nova viagem ferroviária ao Porto, à Rua Sá da Bandeira, ao almocinho a fazer horas para o retorno.

 

Os Desafios da Abelha|O grande detective

João-Afonso Machado, 15.12.21

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Era, definitivamente, o sonho único de Duncan - a investigação criminal, a vida de detective. E assim se intitulava, com escritório em Aberdeen e o kilt que a Escócia já reservava para os grandes festejos apenas, e Duncan para as suas idas diárias ao pub, onde lia os jornais e vaticinava sobre os espantosos casos locais e mundiais (- This portuguese Rendeiro, I'm shure he is in South Africa! -) enquanto emborcava espevitantes pints.

Ontem mesmo, indo já o terceiro aviado, surgiu Ian esbaforido, pálido, leitosamente aterrorizado, a cabeleira ruiva toda em pé, as sardas parecendo latejar. - What happened my friend? - Pois dera com a Anne prostrada na sala, inanimada, - probably dead - ia já a caminho da esquadra.

Num instante Duncan ordenou-lhe ficasse - Stop! Wait a minute! - e com ele ficasse também a sua grande oportunidade, o seu passaporte para a Scotland Yard. Que lhe contasse Ian, rapidamente, o que vira, o que sucedera.

Sucedera uma visita a casa da Anne, nos arredores - To whish a Merry Christmas, with a tea box and some cookies for her... - E ei-la inconsciente - in the floor - o pratinho com os biscoitos do lanche esquecido a um canto, livros abertos, papelada espalhada por toda a parte, mesmo espetada na parede...

Mas quem faria mal a Anne - little poor Anne! - E até o seu gato - run away - reforçava Ian, logo apontando suspeições ao intratável Sir Archibald, o dono do tenebroso - neighboring castle.

- Everyone know he has a special appreciation for Anne...

E Anne fugia dele a sete pés, reconheceu Duncan. Mas era tudo demasiado óbvio e Ian relatava desarrumo, não evidências de violência. O gato desaparecido... Ora! O bichano adorava o jardim da dona, sempre colorido de tantas flores e mais borboletas, Anne vivia para ele e para as noites estreladas. A sua biblioteca dedicada à astronomia era imensa e a sua crença em fenómenos druídicos, rituais iniciáticos, também.

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Pois... e... sim, - the last night was the great's comet night! - Tudo se esclarecia. Anne nem se deitara, na ânsia da sua visão: simplesmente adormecera - so tired! - no chão, depois de devorar biscoitos e literatura à janela, de olhos postos no firmamento.

- Ian, please, come back to Anne´s house and tell her I'm waiting to talk about the comet. Go, go now, if you don´t mind! - disse, autoritário e seguro. E, como se aspirasse uma profunda cachimbada, mirou Douglas, o barman, e sorriu - resolvera o seu primeiro caso.

 

(Desafio da Ana de Deus https://rainyday.blogs.sapo.pt/os-desafios-da-abelha-cria-um-texto-475060)

 

 

Salvaterra do Extremo

João-Afonso Machado, 14.12.21

Corri o povoado já não sei há quantos anos. Nele li bonitos apontamentos mas o seu risco, guardou-mo a memória, era o abandono. O ninguém, a não ser as pedras que escorregavam, tropeçavam, caíam. Desta feita, apanhado por uma tendinite que não me deixa ir no encalço das perdizes, ainda assim acompanhei os parceiros até aos confins da Beira Baixa, às profundezas da Idanha, desviando a manhã para este mágico topónimo. Salvaterra do Extremo! No mais inóspito do mundo nosso, nas vésperas de todos os monstros!

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Em cima de Espanha. Mas - surpresa das surpresas! - agora uma aldeia lavada, penteada, toda galante. A puxar o lustro das suas memórias de sede do concelho que foi até 1855. A apontar-me o dedo à veneranda Matriz,

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na torre sineira um ninho de cegonha, e a gente percebendo, por fim, porque são elas a transportarem os bébés até ao berço, até à pia baptismal. A gente encantada com o granito, gozando o vetusto pelourinho e as suas armas manuelinas, gozando a pontifícia Torre do Relógio, decerto a antiga casa do município e, ao lado, a igreja da Misericórdia - uma virtude que já vamos desconhecendo e nunca praticando.

Era sábado. Um idoso aqui, outro ali, todos eles ávidos de conversa. Os mais novos foram, atravessaram o deserto, chegaram ao litoral. E os que ficaram agarraram-se ao seu derradeiro propósito, Salvaterra do Extremo é nacional, já dispõe de um "alojamento local",

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há por ali muita caça, venham, venham, venham mais vezes...

Vagueei de beco em beco. Gostei de Espanha no horizonte e do colorido das cuecas secando ao sol, demoras de um ermo sem horas nem cerimónias.

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Achei-me em casa (minhota) ao vislumbrar seculares edificações enraizadas nos penedos. E senti, uma vez mais, tudo isto me diz ao coração, sol matinal de sossego e paz, quão rica há de ser a vinda para estas bandas cheias de espaço e liberdade.

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Aqui e além, paredes retardatárias, reconstruções mais preguiçosas, lembrança de há duas décadas, da minha iniciação em Salvaterra do Extremo...

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Mas, no geral, o viço primaveril de uma aldeia renovada. Entre paredes bem esfregadas, pedra barbeada,

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e janelas carpinteiradas de fresco, mantendo a sua "guilhotina" envolta em cantaria e símbolos historiadores.

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Uma seta, finalmente, apontava ao miradouro, perto do cemitério. «Campo da Egualdade-1895», inscrevia-se no frontispício deste. É bem verdade: para além daquele portal acabavam  os bons e os maus, os contrabandistas e os traidores, as paixões e as miscigenações; e ali vai começando, na vez de cada um, a eternidade de todos os que lá ficarem repousando.

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Já o miradouro se espraia sobre o "Inimigo". O monte desce abruptamente, a ocultar o rio Erges, o insignificante diferenciador de nós e eles, espanhóis. Somente nos confrontamos com o penhasco adiante, já não nosso mas dos grifos e dos abutres que nele defendem os seus ninhos. Os quais não conhecem fronteiras, conquanto sejam juridicamente naturais e cidadãos do país vizinho.

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Especificando, do castelo de Peñafiel, outra fantasmagoria. E a vastidão desconhecida nada revela, muda e estática. Como se hoje os de cá não fossem lá, todos os dias, buscar gasolina barata; e os de lá não batessem à porta dos nossos restaurantes, onde se serve muito melhor. Tudo é diferente - tudo... menos o Erges, os seus fundos e um dia com pernas por uma deambulação nos ecos desse passado.

 

Cavalgando o Dezembro

João-Afonso Machado, 12.12.21

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E vamos nós trotando o Dezembro, já quase a meio da viagem. Levado a rédea curta, ainda assim Dezembro só tem na ideia os manjedouras do Presépio, o Natal. O Natal-al-al-al a ecoar-lhe no espírito, aliás natalício. Está frio, sem luvas as mãos são dormentes, destituidas de forças, mesmo de unhas. Até a samarra saíu do armário acorrendo às alvas manhãs de geada, facas de gume afiado rentes aos corpos, Dezembro cavalgado.

Vamos trotando a refrear Dezembro que resfolega de impaciência. E deste modo envelhece na sua vaidade de macho inteiro. Dezembro, o garanhão... Como se o potro Janeiro não andasse crescendo... Mais novo, claro, mas sereno e igualmente branco. Um cavalo ainda não desbastado e já a deixar-se montar: o grande cavalo esperto, fito nos dias grandes trazidos pelo sol, quando o suor vier, e todos nos enchermos dele. Um eia! a Dezembro, se ele quiser viver entre luzes, gozando a ribalta do aconchego, alarguem-lhe o freio, esporins a picá-lo, o pingalim em riste. Mas Dezembro borregará, o cavaleiro caído, Dezembro indomável, e outro a vir célere, mais novo, de rédea frouxa até... ao filho deste Dezembro, um enésimo Dezembro...

 

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