Por aí...
João-Afonso Machado, 12.02.22
Sinto agora todo o pulsar da inferioridade descritiva ou narrativa. Como se ela nos seus carris, muito compenetrada e pontual, já avistasse no horizonte a estação, os passageiros e apitasse alegremente, a anunciar-se, enquanto de lá uma voz correctíssima informava a plataforma, no maior rigor e placidez.
Descrever, narrar... Sendo tudo uma eterna contorsão de silêncios e emoções inominadas. Uma implosão de ideias, o poema jamais alcançado. É noite, restam-nos ainda algumas horas para ignorar os rituais da sincronia. Longe da geometria das palavras, simplesmente por aí...