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FUGAS DO MEU TINTEIRO

Imagens e palavras de um mundo onde há menos gente

FUGAS DO MEU TINTEIRO

Imagens e palavras de um mundo onde há menos gente

A praga da primavera

João-Afonso Machado, 12.03.22

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Há de chegar sumarenta, que são muitas as gargantas ressequidas. Connosco à varanda a dar-lhe as boas-vindas, a essa Primavera de cores e do fim dos desamores.

Dará roupagem às despidas ramagens, cantará e dançará à vista das flores e do embrião dos frutos. A Primavera passeia de bicicleta no jardim e faz ninho em qualquer silvado. Desperta os sardões e alarga os dias, arregaça as mangas para as culturas.

E talvez seja humana, entorpecentemente capaz de influir nas vontades mais ácidas. Como um praga bondosa, dizimando os bandos dizimadores que pululam por toda a parte. Não é de hoje tal esperança...