"O dia calado das glicínias"
João-Afonso Machado, 16.04.22
Nada dirão hoje silenciosas
ante olhos em cantochão
cobiçando suas campainhas
nas longas vestes majestosas
dos seus lilases de rainhas.
E aos molhos despertarão
amanhãs e as gentes
as glicínias esparsas no chão
como sinos frementes, arremetidas
ígneas cores ecos, afinal flores
de vozes acreditando perdidas
no novo rei dos seus amores.