Para quê?
Saibam todos, eu estaria mudo e quedo não fora essa escorregadela de olhar pel'O Enforcado de O'Neill - «Um gesto suspensivo de um sobreiro,/o enforcado./ Badalo que ninguém ouve,/espantalho que ninguém vê,/suas botas recusam o chão que o rejeitou./Dele sobrou o cajado.».
Era toda a crueza posta em destaque e não há nomes nem identidades, como determina o respeito pelos que padeceram. Há somente a perplexidade ante o fenómeno Patino ou Quinta da Marinha e o gigantismo de fortunas suspeitas que jamais irão connosco na viagem final.
São milhões de "porquês" num insolucionável engarrafamento de pontos de interrogação. Sobretudo quando a outra face de nós, gente, nem sequer goza o beijo da praxe e pede vida, oferece generosidade entre o ladrar dos cachorros e o salutar ruído das carripanas a subir a ladeira.
Um sobreiro nos confins do outro hemisfério porquê? Onde ficou o cajado?