Pacotinhos de trombis
É o espectável das caras feias ou avelhadas, as muitas que, aos abraços e beijos, nos passam pela frente da vida. Da bem-aventurança ao inferno. E, já nestas chamas, a pose altiva, os olhos de quem não vê...; a absoluta noção de que tudo já foi vivido mas madame mal engoliu ou comeu. Porém, no dia seguinte, pontifica a tromba erecta e absorta dos cegos. Aquele inoportuno encontro no café de cara ao lado, tão ignorado, tão presente no hemisfério oposto.
A tromba porque é o que é a expressão dessa cara fechada e altaneira. A modos que... Fora o discurso e a cama, afinal fora nada. Cegueira encardida. Sem direito a responsórios sequer.
Palavras inusitavelmente dispendidas. Sem as precisar senão no sítio das palavras vãs. Por ser o jurado afinal não ser - e explicando jamais dar crédito aos falares na intimidade, dizia alguém - douta e espantosamente - que em boa verdade renega os juramentos.
Cada um faz o que lhe diz a consciência, ao jantar ou no leito dos amores. Tudo será o que a consciência lhes dita. Só não se percebe o trombil três semanas após.