A princesa renascida
Era uma vez uma Princesa tão gorda que só ocupava espaço. E não um espaço qualquer, nunca caberia na varanda do palácio onde a Família Real era aclamada pela multidão em baixo.
Acabrunhada, a coitadinha ocupou a torre de menagem toda, onde se guardava o tesouro do Reino. O povo andava descontentíssimo, o monarca desolado.
Sucedera, a Corte fora infiltrada por um pérfido espião que viciara a princesinha em chocolates. De tal modo, os seus Augustos Pais compravam todo o leite nacional e derretiam o tesouro Real importando cacau e a remunerar mestres chocolateiros suíços. Claro, pretendentes à Princesa – nem vê-los. Ela era um rombo financeiro em qualquer nação.
Constou, entretanto, ocorreria uma revolução e esse tesouro seria roubado. Sua Majestade rejubilou e ordenou ao Regimento de Lanceiros da Rainha fossem todos desatolar a princesa à torre e a levassem a um passeio.
Os revoltosos… convencidos que sacavam lingotes de ouro, surripiavam apenas chocolates – de leite, carregados de avelãs, nozes, amêndoas…
Regressando a Princesa… houve pranto e… saladas. Muitas saladas. Custou, mas… lá sobreveio o emagrecimento, a dança (que real umbiguinho!) e, belíssima, a Princesa dirige agora, também, a associação de protecção mundial de baleias e cachalotes.
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