Angra do Heroísmo
O dia é um lugar muito pequeno. Dá para pouco. E, nesse dia, o mundo até estava classificado nos respeitáveis e honrosos catarpázios do Património Mundial. Ninguém contradiga, Angra do Heroísmo é uma cidade linda, lindíssima.
Muito orgulhosa da sua História: dela partiu a armada de D. Pedro IV, a disputar Portugal com o seu Irmão, o Senhor D. Miguel. Foram heróis, esses militares? - não sei...; foram corajosos? - sem dúvida, foram. Provavelmente, foram heróis porque foram corajosos. E Portugal - Oh Senhor!, quem saberá dele?
Mas a Sé, a Igreja da Misericórdia, os jardins, praças e ruas... Tudo é para muito mais de um dia. Acrescendo o mar, o Ilhéu das Cabras, os anais da cidade. A fortaleza! Como no mais, uma memória incompleta amochilada nas minhas costas. Um bocado de vida ainda por compreender.
O tempo urge - é tempo de lá voltar. Com o suficiente vagar de quem escreve um poema sem caneta, apenas do coração. (Mesmo em silêncio, votando-o a D. Miguel...) Mas o que interessa, entretanto, o Passado? - o óbvio nada. Angra é Angra, um sul de cores portuguesas pintado em pleno Atlântico...
E o Ilheu das Cabras, as aves, o reino dos seus ninhos..., elas sim, alando-se, o sinal vital da liberdade.