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FUGAS DO MEU TINTEIRO

Imagens e palavras de um mundo onde há menos gente

FUGAS DO MEU TINTEIRO

Imagens e palavras de um mundo onde há menos gente

Luxemburgo

João-Afonso Machado, 26.11.21

É bom ter presente, o Minho - o verdadeiro Minho de sempre, não o Minho administrativo - iguala em área este minúsculo estado soberano, o Grão-Ducado do Luxemburgo: uma monarquia de sucesso, logo um país resolvido, de quem foi mãe a Holanda. Também convirá não esquecer, comprovando, o seu ordenado mínimo ultrapassa largamente os 2.000 euros mensais. Tudo resumido no chamariz que é esta paróquia para milhares de portugueses mais desfavorecidos. Ir ao Luxemburgo é estar com compatriotas. É o que todos gostamos, se todos forem parecidos comigo.

O Luxemburgo é a sua capital (assim chamada - Luxemburgo) e o respectivo logradouro. Sem exageros. Revejo a minha chegada, o breve autocarro desde o aeroporto, e a paragem na Place Emile Hamilius. Era já noite. Defronte, umas cores arroxeadas, do outro lado da Pont Adolphe, um edifício descomunal. Um palácio? Não, simplesmente o Banque et Caisse d'Epagne d'Etat, seja esse o empório que for.

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Tamanhino, o Luxemburgo enreda em si teias fantásticas dos meandros financeiros europeus. Há de ser por isso consegue preservar a sua fachada arquitectónica impoluta, na qual pontifica a Cathédrale de Notre-Dame de Luxembourg de inimagináveis pináculos apontados ao céu.

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Qual seja o lado por onde a espreitemos.

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Desde logo da Pont Adolphe, sob a qual se desenrola a Vallée de la Petrusse, chamativo arvoredo com o seu fio de água, ponto de exploração, de recreio citadino, o fundo mais fundo da Ville.

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E vamos por aí fora. Vamos ao City Museum, estudamos a história do Grão-Ducado, no andar cimeiro gozamos as vistas da varanda-miradouro,

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voltamos abaixo, constatamos o sucesso dos portugueses mais empreendedores

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e um percurso estreito, o da Ville Haute, onde tudo são montras de "mexer com os olhos", - relógios, arte, livros... -  tudo é passeio descontraído, vir às compras ao Luxemburgo talvez na próxima reencarnação...

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Nada que suscite invejas. Nem ambições. A ideia é conhecer. Costumes e instituições. Encostado à la Chambre des Députés, o Palais Grand-Ducal, a residência dos monarcas,

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de resto algo insignificante. Mas a enorme fotografia do Grão-Duque pontifica em qualquer estabelecimento, nota-se, sem sombra de dúvidas, que a sua Pessoa é respeitadíssima neste cantinho reinado, e quem o fornece faz questão de tal proclamar!

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Aliás, é em redor da Família Real luxemburguesa que são anotados os monumentos locais. Valha o exemplo da Grande-Duchesse Charlotte,

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valha o de Guillaume II, no centro da praça com o seu nome.

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Assim andariamos mais. Fiquemos, porém, pelo Monument du Souvenir

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invocando, com ele, a tragédia (que vivemos ao lado) da Guerra Mundial. O mundo é assim. É breve. Como a viagem no "tram" (suponho, a abreviatura de "tramway") que, através da Avenue de la Liberté, nos conduzirá à Gare Central.

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Rumo ao estrangeiro. Rumo a Bélgica...

 

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