O Pote
Foi o Espírito Santo. Foi na sua igreja, o actual Museu do Barroco dos Arcos de Valdevez, que a simpática e bonita funcionária recomendou O Pote para almoçar, e indicou como lá chegar. À Rua Amorim Soares.
Muito bem localizado, tranquilo, nas imediações da Misericórdia, um belo templo barroco. Entrei, sentei - amesendei, como ora se diz - em espaço amplo e decorado com simplicidade. Eis que surge a Jainny, menina brasileira atenciosissíma. A escolha, por sugestão sua, recaiu no pernil de porco fumado. Tenro e saboroso, com quase nada de salgado e acompanhado de esplêndidas batatinhas fritas às rodelas e salada de alface e tomate. Só porque era dia de muito andar e não convinham violências gastronómicas, ainda guloso deste abençoado pernil não pedi mais.
Pedi sim, para experimentar, e bebi um copo do tinto da Adega Cooperativa de Ponte da Barca e dos Arcos de Valdevez, a pinga da casa. Nada mau, 10,5º, fresquinho e destituído de acidez.
Depois tratei com o Sr. Pedro Martins, o prestável e dedicado anfitreão, um leite-creme, desses como só no Minho, encrostado em açucar queimado. O bom amigo acrescentou-lhe um pratinho de castanhas assadas (era S. Martinho) e um cálice do seu licor de limão e aguardente de vinho verde. Uma maravilha que encurta a digestão para alguns dez minutos.
Prossegui a minha vida, depois de efusivamente me despedir do pessoal da casa. E para todos o conselho final: indo aos Arcos vão a um almoço ou jantar n'O Pote.