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FUGAS DO MEU TINTEIRO

Imagens e palavras de um mundo onde há menos gente

FUGAS DO MEU TINTEIRO

Imagens e palavras de um mundo onde há menos gente

Pacotinhos de cores

João-Afonso Machado, 06.04.22

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Foi a primeira captura da época. Isto não está fácil, a passarada desapareceu toda, esvoaçando como os deputados enxotados do Parlamento, ou como os vendedores da banha-da-cobra, antes que os incautos se apercebam do logro.

Calhou-me este serezino - ou cerino, ou chamariz também. Já cá andam desde Fevereiro, prenunciando a Primavera. E depois, estridulamente, encarrapitados nos ramos a chamar por elas, pelas miúdas. Acabam sendo presas das mais corriqueiras, como, em geral, todas as personalidades obsessivas. Ainda dei com outro, de pose assaz menos favorável. Era um taralhão, muito protegido pela contraluz.

Já o pisco de peito ruivo apenas o ouvi. Conheço-o de há muitos anos, vive ali para os lados das japoneiras mais cerradas. A embrulhar coloridos quando elas florejam... Detesta páginas sociais, e canta do lado de dentro da sua janela. Pois sim, sr. Pisco...

Mas nota-se mesmo, quiçá por causa da pandemia, o jardim esmorecer. Onde param as felosas, as toutinegras, as carriças? E a nidificação vive claramente uma crise sem precedentes no sector. Por este andar ainda vamos todos soltar piriquitos no arvoredo...

 

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