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FUGAS DO MEU TINTEIRO

Imagens e palavras de um mundo onde há menos gente

FUGAS DO MEU TINTEIRO

Imagens e palavras de um mundo onde há menos gente

"Soneto do xisto"

João-Afonso Machado, 27.08.21

IMG_4871.JPG

Regam o mapa tantos filamentos

Perdidos e soltos, traços escuros

Sem voz nem letras, para além dos muros

Cravados nos montes lisos dos ventos.

 

Uma árvore, alguém, um só pensamento…

O verde vegetal, frutos maduros,

Ínfimas gotas de córregos puros,

Um cão, os gatos, um acontecimento…

 

Mas nada. Nada senão um vão ninguém

Entre lajes semelhando defuntos

Jazendo de almas em ignoto Além.

 

Foi assim, aldeia despida de untos

E fumeiro, o teu acolher imprevisto

De pedra e arestas - aldeia de xisto.

 

 

5 comentários

  • Como quase todos nós...
    Mas aquela aldeia havia e ter fogos nos lares e o fumeiro em funções, não?
  • Imagem de perfil

    Cecília 27.08.2021

    referia-me à capacidade de o poema fazer sentir a ausência do aroma.

    fumeiro em funções devia ser património (i)material da UNESCO
  • Então a falha é minha - falta de expressividade.
    Lamento.
  • Imagem de perfil

    Cecília 27.08.2021

    acho que estamos a falar da mesma moeda mas um através da cara e outro da coroa
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