Um ano de tinta
Faz hoje precisamente um ano, logo depois de a idade ter levado, com mais de 10 anos, o antigo patrão desta pena, o respeitável MACHADO, JA, o tinteiro respectivo vertia as primeiras lágrimas aqui, esguichadas deste ou daquele modo, entretanto.
Foram os tempos do confinamento e de uma intensa, febril, actividade da bloogosfera. Fiz amigos novos, iniciei-me nas lides dos "desafios" e a caneta lá se teve de ajeitar a novas escritas.
Enquanto isso, a lapiseira viajava no bolso, ao lado do bloco-notas, e ambos, combinadamente se encarregavam de apontamentos sobre vários mas não muito remotos recantos do planeta. Mais o resto, enfim, conforme o estado de espírito, a ligeireza da mão, a leitura em curso ou as vicissitudes meteorológicas.
A croniqueta tornou-se um hábito corrente, sem grande pudor roubando o tempo dos contos e de outras publicações de maior folgo. Mas sempre com uma expressão tão divertida que não há como lhe ralhar, castigá-la.
Assim o tinteiro encara o ano agora nascido: com mais tinta derramada, mais rabiscos do momento em volta dos cromos da minha infinda caderneta. Defende ele, ainda há muito caminho a percorrer, a perfeição está na linha do horizonte, mas esta fica em lado nenhum.
Talvez tenha razão, o meu tinteiro. É o que veremos este Ano Novo que a todos desejo - excelente!